Eu amava o desenho "Minúsculos", que passava na TV Cultura (uma importante formadora do meu pensamento crítico) e ele mostrava uma coisa que eu gostava e fazia desde muito criança, mas que agora estava na televisão de uma forma linda e parecendo bem realista. Ele também me motivou na fotografia.

Todo esse pensamento voltou pra mim quando comecei a ver postagens antigas nesse blog e acabei encontrando fotos que eu tirei em 2010, o que me surpreendeu porque eu sempre disse pros outros que comecei a fotografar quando tinha 13 anos (em 2013). E essas fotos remetem ao tempo que borboletas da espécie Viúva de Rosa ou Rosa de Luto (Heraclides anchisiades), botavam suas centenas de ovos em um pé de laranja que tínhamos. Era lindo observar o crescimento das lagartas, elas se elevarem para tomar sol e eu me preocupar feito louca pelos Bem-te-vis querendo atacá-las, ao ponto de fazer meus pais cobrirem o canteiro com um filó para impedi-los de se aproximar. 

Essas são as fotos que tirei em 2010:

E ainda, na postagem antiga que está aqui nesse link, existem fotos de outros insetos e o mundo parecia encantador mesmo com as fotos tortas e tremidas.

Fotos de Clara Barros, publicadas primeiramente no blog Verdeante em 2010.

É claro que antes eu fotografava sem sequer saber o que eu tava fazendo, e as minhas fotos podem ter evoluído com o tempo, para ficar assim:

Mas o olhar continua o mesmo e é por esse motivo que venho fazer essa postagem, não para mostrar como aprendi a fotografar ou como evoluí (apesar de hoje ser dia 19 de agosto, o dia da fotografia), é para demonstrar o tamanho da importância em observar os pequenos detalhes e as pequenas vidas que garantem a existência das nossas nesse planeta.

Insetos como abelhas, borboletas e outros, são polinizadores e graças a eles nós temos alimentos. Abelhas correm o risco de extinção, seja por uso de agrotóxicos em excesso ou por doenças entomológicas, e com elas corremos o mesmo risco.

Quando ensinamos crianças a respeitarem todo o tipo de vida, a observarem a natureza em seus mínimos detalhes, geramos adultos conscientes de que vivem em um mundo totalmente interligado, em que todos dependem de todos.